Texto e edição: Ascom Secec e EAI
Entre os dias 17 e 18 de novembro, Brasília tornou-se o centro da cultura da Ibero-América. Como vice-presidente da área temática de Cultura da União de Cidades Capitais Ibero-americanas (UCCI), a capital sediou a XXXVII Reunião do Comitê Setorial de Cultura da rede, por intermédio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) e do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI). Durante os dois dias de debate e trocas de experiências, representantes de 14 cidades discutiram sobre políticas e ações para fomentar a preservação do patrimônio cultural na região.
O evento foi presidido pelo secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Bartolomeu Rodrigues; pela chefe do Escritório de Assuntos Internacionais e coordenadora UCCI em Brasília, Renata Zuquim; e pelo subdiretor de Assuntos Gerais e Formação da UCCI, Fernando Rocafull.
“Tenho o orgulho de divulgar o início da restauração do Teatro Nacional. Temos o objetivo de reabrir todos os equipamentos culturais que estavam fechados. Temos aqui em Brasília muitas heranças culturais, principalmente a herança ibero-americana”, reforçou o titular da pasta da Cultura.
Renata Zuquim destacou a programação especialmente voltada ao estreitamento dos vínculos históricos e da identidade da comunidade ibero-americana em Brasília, que é a Capital Ibero-americana das Culturas em 2022. “Esta reunião marca o encerramento desse período tão especial, além da continuidade do nosso papel de vice-presidente e o início de um legado cultural para nossa cidade, inscrita na lista de bens do Patrimônio Mundial da UNESCO”, lembrou ela.
O representante da UCCI, Fernando Rocafull, ressaltou a importância do retorno do encontro ao formato presencial, após dois anos de realização virtual, em razão da pandemia. “Hoje, finalmente, nos reunimos presencialmente, embora tenhamos aprendido muito com o período em que nos reunimos online. Para nós, falar sobre o tema do patrimônio é cada vez mais importante”, disse.
PATRIMÔNIO CULTURAL
Promover a Reunião do Comitê Setorial é responsabilidade da Capital Ibero-americana das Culturas, título que Brasília exerce em 2022. Por possuir a maior área tombada do mundo e pela relevância da discussão no âmbito da cultura, o tema escolhido para o encontro foi “A preservação do patrimônio cultural das cidades”.
Na manhã do dia 17, representantes de Assunção, Bogotá, Brasília, Buenos Aires, La Paz, Lima, Montevidéu, San Juan, São José e Sucre compartilharam suas experiências e políticas públicas locais para a preservação do patrimônio material e imaterial. O assessor especial da Subsecretaria de Patrimônio Cultural da Secec, Felipe Ramón Rodríguez, apresentou um panorama do que vem sendo promovido no Distrito Federal nesse sentido, enquanto o subsecretário Aquiles Brayner, ficou a cargo da moderação da mesa.
Na parte da tarde, foi a vez de Brasília, Lima e San José apresentarem estratégias para promover a educação patrimonial e cidadã em suas cidades. Alessandra Bittencourt, analista de Atividades Culturais da Secec dividiu com os demais participantes um pouco da experiência com a condução dos programas Territórios Culturais e Jornadas do Patrimônio. “Educação patrimonial implica em ocupação dos equipamentos culturais. Os monumentos existem para serem utilizados”, explicou a pedagoga.
A mesa teve moderação da professora Leísa Sasso, da Secretaria de Educação do DF, que conduziu os convidados estrangeiros, após o fim da reunião, em uma visita guiada ao Museu Nacional da República, onde ela é a responsável pelo Programa Educativo. “O museu é um local onde se criam vínculos afetivos. A vivência que se tem nos museus precisa dialogar com a cultura que cada um carrega dentro de si”, afirmou.
Os convidados ainda se impressionaram com uma projeção mapeada na cúpula do Museu, que exibiu cenas dos mais variados símbolos, espaços culturais e manifestações artísticas que dão vida aos quatro cantos do Distrito Federal.
Finalizando o primeiro dia de reunião, os participantes estiveram presentes na Feira Ibero-americana, realizada no Eixo Cultural Ibero-americano, onde puderam conferir apresentação da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, uma roda de Choro com Mestre Valerinho e, por fim, se encantaram com os ritmos do grupo Batubatê. O evento foi realizado pela Secec, com a organização da sociedade civil AECEC. A programação da Feira Ibero-Americana continua até o dia 19, com apresentações de músicas e danças ibero-americanas. A entrada é franca e aberta ao público.
ENCERRAMENTO
Na sexta-feira (18), durante a cerimônia de encerramento do evento, todos os participantes fizeram considerações sobre a reunião e as experiências trocadas, resultando em uma série de recomendações sobre as políticas públicas para o patrimônio cultural e as ações de educação patrimonial em suas regiões.
Em um momento marcante, Brasília recebeu a titulação de Capital Ibero-americana das Culturas 2022, oficialmente conferida à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF pela secretária-geral da UCCI, com uma mensagem de vídeo diretamente de Madri (Espanha). “Muito obrigado à UCCI, em meu nome e do governador Ibaneis Rocha. Isso aqui é um orgulho! Brasília vai ficar para sempre como Capital Ibero-americana das Culturas”, celebrou o secretário Bartolomeu Rodrigues.
Por fim, a cidade de San José (Costa Rica) foi anunciada como a próxima Capital Ibero-americana das Culturas, em 2023. “Vamos tomar o exemplo de Brasília como inspiração para desempenharmos nosso papel no próximo ano”, afirmou a chefe do Departamento de Cultura da cidade, Tatiana Chaves Araya.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)
E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br