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14/12/21 às 15h18 - Atualizado em 6/10/22 às 12h44

Secec investe R$ 7 milhões em patrimônio

Texto: Sérgio Maggio. Edição: Sâmea Andrade (Ascom/Secec)

22.12.21

11:00:00

 

Ouça aqui o resumo da notícia:

 

O ano termina com canteiros de obras abertos em equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). Foi assim desde os primeiros meses de 2021, quando a pasta desenhou projeto de manutenção dos seus principais equipamentos. Foram aplicados R$ 7 milhões de recursos diretos, sem contar a recuperação do Museu de Arte de Brasília (MAB), com orçamento próprio de R$ 9 milhões.

 

“O clima foi de usina”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues:  da reabertura do MAB, 14 anos depois da interdição, até a reforma de espaços históricos, como o Cine Itapuã, que teve a transferência de gestão para a Secec e deverá ser aberto no primeiro semestre de 2022.

 

Marina Gadelha

“Desenhamos um projeto de revitalização, o “Brasília, Cidade Patrimônio”, e incluímos quase todos os equipamentos da Secec. Aproveitamos o período pandêmico para executar as melhorias. A Concha Acústica, o Memorial dos Povos Indígenas, o Museu Vivo da Memória Candanga”, aponta o secretário Bartolomeu Rodrigues.

 

Coordenador do projeto “Brasília, Cidade Patrimônio”, o secretário-executivo Carlos Alberto Jr, desenhou uma ação conjunta de melhorias nos principais equipamentos da Secec, incluindo dois novos espaços agregados à pasta: o Cine Itapuã e a Funarte Brasília, que foi renomeada como Centro Ibero-americano de Cultura.

 

“Foi um ano de entregas, no qual não paramos de trabalhar um só dia. Um reflexo do movimento de obras que tomou conta do governo Ibaneis Rocha, com mais de 1.400 obras em andamento. A ideia era mostrar à sociedade o alcance e o zelo da Secec com as joias patrimoniais do DF”, aponta.

 

TEATRO NACIONAL É FOCO

Um dos focos foi o Teatro Nacional Claudio Santoro, que seguiu com um intenso trabalho de readequação do projeto básico de restauração, que tinha seis anos e precisava ser atualizado, a fim de ser entregue à Caixa Econômica Federal, com liberação de R$ 33 milhões do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (FDD), recurso a ser destinado à Sala Martins Pena.

 

“Por exigência da Caixa Econômica Federal, fizemos a readequação das mais de 400 plantas que precisaram ser modificadas. Mais de dois mil itens foram atualizados. Todo esse processo foi concluído e entregue à Caixa, que é o agente financeiro da reforma”, conta o secretário, destacando que o governador Ibaneis Rocha liberou os recursos da contrapartida, no valor de R$ 15 milhões. O valor total da obra será de R$ 48 milhões.

 

Enquanto esse valor corria no trâmite entre Secec e Caixa, a pasta investiu com recursos próprios em algumas melhorias no Teatro Nacional, a exemplo do sistema de ar-condicionado central (R$ 168 mil) e manutenção de geradores e portas do Foyer, espaço que recebeu os ensaios da Orquestra Sinfônica.

 

“Estamos com a expectativa de começar essa obra na Martins Pena. Em 2022, vamos fazer a reforma da Sala Alberto Nepomuceno com recurso próprio. O projeto está sendo elaborado. Futuramente, teremos outra grande obra, que é a da Sala Villa-Lobos. O Governo do Distrito Federal quer concluir a obra do Teatro Nacional”, vislumbra o secretário.

 

 

A VOLTA DO MAB

Reinaugurado em 21 de abril de 2021, o Museu de Arte de Brasília (MAB) foi entregue à população 14 anos depois de uma interdição estrutural do prédio. Voltou moderno, acessível e sustentável, formando, juntamente com a Concha Acústica, reinaugurada em agosto, o Complexo Cultural Beira Lago, que alterou a paisagem da Vila Planalto.

 

“É uma felicidade ter esse Museu tão caro à arte e a história das artes visuais de Brasília e do Brasil entregue e com melhorias em sua edificação”, destaca o secretário Bartolomeu Rodrigues.

 

Com a reforma estimada em R$ 9 milhões, o edifício do MAB foi expandido em mais de 500 m². A requalificação total do interior do prédio, com mudança de layout, permitiu a ampliação da galeria do 1º pavimento para mais de 1.022 m² de área útil, quando antes não chegava a 1.000 m². Também se destaca a qualidade do sistema de ar-condicionado, adequado para instituições museológicas, e do sistema de prevenção contra incêndio.

 

Entre as novidades, está a instalação de dois elevadores, sendo que um deles é suficiente para transportar as obras de arte. Pensando na preservação das obras de artes, a iluminação na galeria foi adequada para preservação das obras de arte, evitando ingresso de luz solar e raios sobre as telas por meio da instalação de paredes em drywall em frente às janelas.

 

 

Dedicada às apresentações artísticas ao ar livre, a Concha Acústica voltou a fazer parte do cenário cultural do DF, após investimento de R$ 422 mil para reforma e manutenção do espaço realizada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF.

 

Entres os trabalhos de manutenção realizados no local, estão a pintura completa e regularização das placas de concreto danificadas que compõem o piso, a revitalização do alambrado, pintura das estruturas, instalação de refletores, substituição de vidros e aplicação de película. Também foram realizadas a pintura dos batentes de proteção da guarita e das faixas do estacionamento, limpeza das lajes, roçagem e reparos hidráulicos/elétricos.

 

FAZENDINHA RECEBE AÇÕES EMERGENCIAIS

 

 

Patrimônio imaterial do Distrito Federal, o Conjunto Fazendinha Pacheco Fernandes caminha para ser um equipamento administrado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. Tombado em 1988, a Fazendinha é uma área de pouco mais de 33 mil metros quadrados na Vila Planalto – com cinco casas de madeira ao estilo modernista, edificadas a partir de 1957 para dar moradia a autoridades, executivos, engenheiros e técnicos na construção de Brasília.

 

“A Fazendinha é um espaço vivo de história e de amor pelo sonho de erguer Brasília no meio desse sertão profundo, que é o Planalto Central. Estamos pegando o bastão da Seduh para seguirmos com o compromisso de devolver esse patrimônio para Brasília e para o Brasil”, aponta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

 

Até o momento, a Secec investiu R$ 290 mil entre ações emergenciais nas casas de madeiras e revisão elétrica na Ampare. Os próximos passos são um estudo de conservação nas estruturas de madeira para saber quais partes podem ser reaproveitas na revitalização, e o lançamento de licitação para recuperação das quatro casas em situação crítica.

 

“Por se tratar de edificações tombadas, revitalização e reforma deverão ser feitas por empresa especializada. Teremos primeiro a necessidade de contratar empresa de arquitetura com expertise em edificações em madeira, uma vez que o tombamento exige a manutenção dos métodos construtivos originais, elementos arquitetônicos típicos”, explica o subsecretário do Patrimônio Cultural, Demétrio Carneiro.

 

POLO DE CINEMA DE SOBRADINHO

Localizado na DF-330, quilômetro 4 em Sobradinho, o Polo de Cinema e Vídeo Grande Otelo estava degradando-se desde 2013, quando ocorreu a última filmagem, o longa “O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum.

 

Com o investimento total de R$ 231 mil, a Secec revitalizou o galpão central, o sistema elétrico, além de efetuar serviços de roçagem e pintura.

 

“Essa reforma revitaliza a estrutura física do Polo que seguia há anos sem uma atenção. O que vamos discutir é o processo de ocupação. Há muitas ideias postas à mesa”, conta o secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues.

 

SISTEMAS DE INCÊNDIO

Com investimento de R$ 361 mil, a pasta investiu na segurança do patrimônio de três espaços memoriais fundamentais para a preservação da história e da cultura do DF. Os sistemas de combate a incêndio do Museu do Catetinho, Museu Vivo da Memória Candanga (MVMC) e Memorial dos Povos Indígenas (MPI) acabam de ser substituídos e modernizados. Além da reestruturação física, esses equipamentos tiveram os planos de incêndio, iluminação, sinalização e saídas de emergência autorizados pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF).

 

O valor do investimento para a ação foi de pouco mais de R$ 361 mil. “Trata-se de melhorias e ações emergenciais em bens materiais de importância vital para a preservação da cidade”, celebra o secretário Bartolomeu Rodrigues.

 

O Memorial dos Povos Indígenas (MPI)  recebeu investimento superior a R$ 500 mil – com troca de piso, pintura, limpeza e aprimoramentos na sinalização e no sistema de combate a incêndio. O equipamento reabriu com acervo reforçado de 8 mil peças doadas pela Polícia Federal, tornando-se o segundo mais importante do país na preservação da memória dos povos originários.

 

“Trata-se de mais uma ação de manutenção do patrimônio durante o período em que o MPI esteve fechado pelo isolamento social. E o público terá acesso a um acervo enriquecido recentemente com artefatos indígenas de incalculável valor”, destaca o secretário Bartolomeu Rodrigues.

 

FUNARTE VIRA CENTRO IBERO-AMERICANO DE CULTURA

 

Em julho, o Complexo Cultural Funarte Brasília voltou oficialmente para a gestão da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec). O Termo do Distrato, que pôs fim a cessão de uso do governo federal, foi assinado pelo presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Tamoio Marcondes, e entregue ao secretário Bartolomeu Rodrigues.

 

 

Após a reintegração do Complexo Funarte Brasília aos equipamentos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), foi anunciada a reforma do Teatro Plínio Marcos. A obra fez a manutenção da fachada, impermeabilização da cobertura, pintura externa, recuperação das calçadas, manutenção das esquadrias de vidros e recuperação de captação de águas pluviais. O valor do investimento é de R$ 485 mil.

 

O espaço foi rebatizado de Centro Ibero-americano de Cultura e vai receber eventos que comemoram o título de Brasília – Capital Ibero-americana das Culturas em 2022.

 

PRAÇA DA REPÚBLICA RECUPERADA

 

Cravada no coração do Plano Piloto, a Praça do Conjunto Cultural da República é um dos espaços públicos mais visitados de Brasília. Point de skatistas, artistas, visitantes do Museu e da Biblioteca e transeuntes, o local, claro, também passou pelas ações de intervenções estruturais de manutenção e preservação do patrimônio promovidas pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).

 

 

Os trabalhos tiveram início em junho deste ano e contaram com a parceria do Serviço de Limpeza Urbana do DF. Serviços de frisagem, varrição, catação, lavagem e pintura dos meios fios, além da recuperação dos espelhos d´água estavam entras as intervenções de melhoria e limpeza da ampla área cultural. O valor de investimento é de R$ 187 mil.

 

A praça foi reinaugurada com a Feicultura, primeiro evento público que exigiu o cartão de vacinação para acesso da população.

 

MEMORIAL DOS POVOS INDÍGENAS

 

 

O Memorial dos Povos Indígenas (MPI) reabriu, em novembro, cheio de novidades para o público A começar pela exposição Mais de 12 Mil Anos Nesta Terra, que traz ao olhar do visitante peças de 15 nações dos povos originários, algumas nunca expostas. Os artefatos fazem parte de uma doação de acervo histórico e raro feita pela Polícia Federal à pasta;

 

“Essa memória, que estava em mãos criminosas, agora é de toda a sociedade. Esse é um momento grandioso porque essa nação se origina dos povos indígenas”, ressaltou o secretário.

 

O equipamento passou por melhorias com fachada e pisos recuperados, além de um moderno sistema de combate a incêndio numa obra orçada em R$ 500 mil.

 

 

Com essa doação, o Memorial dos Povos Indígenas torna-se a segunda maior instituição na salvaguarda da memória dos primeiros habitantes.  “O MPI cresceu muito como museu”, corrobora o gerente David Terena. Indígena, ele lembra que a instituição é um centro de informação, estudo e pesquisa sobre as culturas dos povos originários.

 

O equipamento, afirma ele, “tem papel fundamental como local onde os índios podem se encontrar para o diálogo e a construção da memória. Não é apenas um lugar de registro do passado, não é estático, mas vivo, se movimenta a cada dia”. David festeja o aumento do acervo e a modernização do espaço: “estamos muito felizes”.

 

CASA DO CANTADOR

Com investimento de R$ 282.302,87, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) conclui reforma da Casa do Cantador, em Ceilândia. Durante uma força-tarefa de 45 dias, o Palácio da Poesia, como é conhecida a obra de Oscar Niemeyer, teve toda a fachada restaurada. A parte externa ganhou um reforço extra com aplicação de argamassa, impermeabilização e pintura, inclusive a laje e áreas superiores.

 

Devido ao tempo chuvoso e o alto risco de infiltrações, a Secec realizou tratamento com malha protetora para evitar qualquer tipo de dano causado pela umidade. Responsáveis pelo escoamento das águas pluviais, as grelhas e grades do espaço cultural também foram desobstruídas e limpas.  Para modernizar a parte elétrica, todos os refletores foram trocados por equipamentos de LED, de 50, 100 e 200 Watts, que garantem uma iluminação mais eficiente e consomem menos energia elétrica. Também foi efetuada a troca geral da iluminação danificada, revisão nos quadros elétricos para novas instalações, substituição de cabeamentos elétricos e limpeza geral da área externa.

 

OUTRAS MELHORIAS

No Gama, a Secec comanda a reforma do Cine Itapuã para recuperar a estrutura do espaço, de valor de R$ 464 mil.

 

Na Biblioteca Nacional da República, uma das ações no equipamento consistiu em reforma do quarto andar, com a instalação de piso vinílico e divisórias, remoção de carpetes e fornecimento de rede elétrica, com investimento de R$ 1,6 milhão.

 

Na Biblioteca Pública de Brasília, o investimento é de R$ 358 mil para manutenção da fachada e estrutura.

 

No Complexo Cultural Samambaia, o investimento foi de R$ 251 mil para reforma de piso sala de dança e estrutura.

 

No Complexo Cultural Planaltina, a Secec investiu R$ 109 mil na compra de vestimenta cênica.

 

No Centro de Dança, houve reparos de vazamento no teto da sala de dança.

 

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Ascom/Secec)

E-mail: comunicacao@cultura.df.gov.br