28/07/2025 às 19h11 - Atualizado em 29/07/2025 às 14h57

GDF revalida tombamento do Teatro Dulcina de Moraes e do legado da atriz

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Edição: André Barreto

O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou no Diário Oficial do DF, em Edição Extra desta segunda-feira (28), o Decreto nº 47.492, que dispõe sobre a revalidação do tombamento do Bem Material Teatro Dulcina e dos Acervos Fotográfico, Textual e Cênico da Atriz no Livro do tombo de bens móveis de valor Arqueológico, Etnográfico, Bibliográfico, Histórico e Artístico e a inscrição do “Ideário de Dulcina de Moraes no Ensino e no Fazer Teatral Brasileiro” no Livro I: dos Saberes, como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal.

Por meio da revalidação do tombamento como Bem Cultural de valor histórico do Distrito Federal, o Teatro Dulcina de Moraes e suas dependências, dedicadas às atividades cênicas (plateia, palco, camarins, foyer, além da Sala Conchita de Moraes e seus acessos e circulações adjacentes), bem como os acervos fotográficos, textuais e cênicos oriundos dos espetáculos protagonizados pela atriz, passam oficialmente a estar sob a proteção do GDF.

Quaisquer intervenções físicas, porventura realizadas no Teatro Dulcina de Moraes e na respectiva Área de Tutela, somente podem ser executadas mediante parecer técnico e aprovação do Órgão Gestor da Cultura no Distrito Federal.

O secretário de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, Cláudio Abrantes, destacou a relevância da medida para o cenário cultural local. “A revalidação do tombamento é um ato que transcende a proteção física do patrimônio. Ela representa o reconhecimento da importância histórica do nosso teatro e do legado inestimável da atriz Dulcina de Morais, que dedicou sua vida às artes e contribuiu significativamente para a cultura brasileira”, afirmou Abrantes.

Segundo o secretário, o tombamento não só protege a memória de Dulcina, mas também impulsiona novas iniciativas de valorização cultural, estimulando a criação de programas educativos e artísticos que aproximem a população do universo do teatro e da performance. “Este ato tem uma importância muito significativa, pois é a primeira revalidação de tombamento que realizamos aqui. Sem falar que todos nós que temos uma relação afetiva com a cultura temos que entender a figura de Dulcina de Moraes - não apenas pela grandiosa atriz que foi, mas a grande ativista, articuladora, enfim, a grande defensora dos artistas”, completou Abrantes.

“O tombamento nada mais é do que o Estado enfatizar que aquele acervo precisa ser preservado. Quando reafirmamos isso, damos ainda mais importância, importância institucional, pois é o Estado reconhecendo a excelência do que temos em mãos. O que pretendemos é reavivar, reacender a chama de Dulcina para que ela não se apague mais”, disse o Subsecretário do Patrimônio Cultural, Felipe Ramon.