Anos 1960
Pesquisa: Alexandre Freire. Edição: Sérgio Maggio
1965
Nasce a I Semana do Cinema Brasileiro pelas mãos de Paulo Emílio Salles Gomes. A hora e vez de Augusto Matraga, de Roberto Santos, vence a disputa. O melhor ator, Leonardo Villar, só receberia seu Candango 29 anos depois. Fernanda Montenegro (foto) é a melhor atriz por A Falecida.
1966
Duas musas – Leila Diniz (foto) e Helena Ignez – causam frisson na II Semana do Cinema Brasileiro. A safra de 1966 é boa. Todas as Mulheres do Mundo, de Domingos de Oliveira leva seis Candangos. A Grande Cidade, de Cacá Diegues, só ganha prêmio de ator coadjuvante (Antônio Pitanga). E Opinião Pública, de Arnaldo Jabor, sai com uma menção honrosa.
1967
“A Semana do Cinema Brasileiro transforma-se no Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e Proezas de Satanás na Vila de Leva-e-Traz, de Paulo Gil Soares, vence a competição. Antonio Carlos Fontoura ganha troféu de melhor curta com Ver-Ouvir. David Neves mostrou Colagem, um ensaio sobre a atriz Luiza Maranhão, musa do Cinema Novo”.
1968
No ano do AI-5, Brasília assistiu ao triunfo de O Bandido da Luz Vermelha (foto), filme-manifesto do Cinema Marginal, de Rogério Sganzerla, e do curta Blá-Blá-Blá…, de Andrea Tonnacci, igualmente transgressor. Nelson Pereira dos Santos apresentou o ousado Fome de Amor.
1969
Meteorango Kid: sensação de 1969
A rebeldia está nos filmes de 69, agora com outras cores, talvez mais tropicalista, certamente mais debochada. Filmes vencedores: Memória de Helena, de David Neves; Meteorango Kid, herói intergalático, de André Luiz Oliveira (Prêmio Especial do Júri) e Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade – melhor ator (Grande Otelo), cenografia e figurinos (Anísio Medeiros), roteiro (Joaquim Pedro de Andrade) e ator coadjuvante (Jardel Filho).